Com a propagação do Novo Coronavírus a nível mundial e o consequente confinamento repentino de biliões de pessoas, o ecommerce conheceu uma procura nunca antes vista e imaginada. O salto foi tão grande que a internet congestionou, as empresas de logística e transporte não conseguiram dar vazão aos pedidos e os prazos de entrega foram alargados e, de repente, milhares de empresas sem presença ativa na internet e no ecommerce ficaram com o seu negócio em suspenso.

O ecommerce, que resume simplificadamente todas as transações relativas a atividades de compra e venda na internet, encontrava-se em constante e dinâmico crescimento até inícios de 2020, sendo apontado como o futuro do comércio. Em 2019, o comércio eletrónico ultrapassou em Portugal os 87 mil milhões de euros, representando mais de 40% do PIB.

Esta nova forma de comprar não vai, de todo, substituir o comércio tradicional, de loja física e presencial, mas vai roubar muitos clientes às empresas que não estão ativamente online. Por um lado, porque vendem quando os outros não podem ou têm dificuldades em competir – porque já estão há mais tempo nesse mercado, por outro porque o ecommerce contribui decisivamente para consolidação das marcas, levando muitos clientes às suas lojas físicas e tradicionais. Uma vitória de dois em um.